eu passei, mais ou menos, o último mês tomando coragem pra inutilizar na frente do computador tempo o suficiente sem abrir o netflix e escrever algo aqui, mas as coisas simplesmente pareceram... se acalmar.
me acostumo rápido com rotinas, ainda mais quando implica em rotinas das quais eu posso facilmente me desacostumar, ou que não exatamente são rotinas, mas enfim.
voltei a ter que interagir com seres da mesma faixa etária que a minha (entre 16~19 anos, não que eu tenha 16 e/ou 19 anos, é só 18 mesmo, porém vocês devem ter entendido) e isso implica em que odiar 97% dessas pessoas, simpatizar com uma e achar bem incrível o fato de outra uma pessoa ser mais reclusa do que eu, mesmo estando em grupo.
pois bem, estou me acostumando com a ideia de "curso", "aula", "profissionalizante", todos os termos de 2012, exatamente. acima de tudo, estou me acostumando com a ideia de pessoas inconvenientes. como se já ser uma pessoa não fosse inconveniente o bastante, algumas se especializam nisso.
daí.
sentei para ter minha aulinha, ok.
várias outras pessoas não foram ter a aulinha, invejei. (odeio meu senso de compromisso)
uma pessoa senta do meu lado, ok.
estava bem decidida a passar todo o tempo lendo um livrinho, bem no estilo "eu prefiro que vocês respeitem a minha reclusão", mas não pude. pode dar problema no trabalho e etc. aulinha.
em determinado momento em que 99% das pessoas mexiam em seus respectivos celulares, comecei a jogar crossy road (se você não se sentiu atraído pelo ícone daquela galinha EU NÃO SEI QUE TIPO DE PESSOA VOCÊ É mas mantenha distância) e o ser (O ser) do meu lado começou a dissertar sobre como aquele jogo é viciante e eu sempre digo que joguei horas da minha vida fora por causa dele (realidades).
- que banda é essa do seu fundo?
- foo fighters.
- ahhhh, você foi no show no começo do ano?
- sim, foi foda.
- uau. você é dos festivais, também?
- tenho preguiça de festival, mas comprei ingresso pro lolla.
e nesse momento eu percebi que, olha, ainda há esperança nessa vida, viu amigos? talvez ela sente-se ao seu lado.
nas proximas horas de aulinha ficamos conversando, basicamente, sobre como eu conheço mil bandas que todos conhecem + mil e cem bandas que ninguém conhece.
eis que:
- você tem gatos?
- não, por que?
- você tem cara de quem tem gatos.
SIM
só agora, antes de começar a escrever esse post, eu percebi o nível de "essa fala é minha" foi esse momento.
o cara simplesmente vira e me diz que eu tenho cara de pessoa que tem gatos. no plural. muitos gatos.
no mínimo minha roupa estava com muitos pelos, ou eu tenho mesmo cara de tia dos 47 gatos COM APENAS 18 ANOS, reflitamos.
ah, é a mesma pessoa que, um dia, chegou pra mim dizendo que achou the perks of being a wallflower (livro) chato por só mostrar a visão do charlie sobre as coisas. e então eu defendia que era porque o livro falava sobre ele, realmente. e a visão dele sobre as coisas era meio ruim pelo o que tinha acontecido com ele antes. e o ser humano simplesmente começou a analisar que foi tudo culpa da tia.
não que eu ache isso uma coisa extraordinária, mas ele podia ter parado quando eu estava falando sobre the fault in our stars. acho extraordinário mesmo um macho ter parado qualquer coisa o que fazia para LER the perks of being a wallflower e, depois analisar o que tinha lido, a ponto de CONCLUIR que foi tudo culpa da tia, com disposição o suficiente para começar um minidebate sobre a estrutura de narração do livro. eu mesma levei algum tempo pra entender & concluir isso & sair por aí defendendo meu ponto de vista para com o livro. eu só não o acho chato, em si.
no mesmo dia alguém me disse algo sobre o ator que faz o Patrick, mas não me recordo bem se foi a mocinha que expôs o livro, ou esse mesmo moço. espero que tenha sido a mocinha.
vejamos, então, que meu timing esteve adiantado por uns 3 anos. podia ter esperado, não é? não que eu esteja arrependida ou reclamando, mas, né. às vezes a gente fica pensando: podia ser diferente porque essa pessoa, simplesmente, parece entender alguma coisa.
mas eu sou mesmo uma pessoa muito cagada, confinada a passar dias com pessoas que não entendem, ou entendem mas preferem fingir que não, porque, né, bem mais fácil ficar nisso de repetir todas as coisas ruins até que eu realmente me irrito e outras coisas ruins acontecem.
20 de março de 2015
14 de fevereiro de 2015
as pessoas.
são tantas coisas que eu nem sei como começar.
é engraçado passar tempo longe dessa coisa de falar sobre os dias pra ver se eles parecem mais aturáveis. porém não se tornam mais aturáveis um segundo.
acredito que quando fui concebida alguma coisa deu muito errado no universo pra eu ser essa pessoa cagadíssima que simplesmente não suporta uma única pessoa que ~existe~ perto de mim. eu ainda preciso conhecer alguém que não me irrite em aspecto nenhum, mas acho que seria mais fácil eu passar a seguir o falecido homem jesus.
pois bem.
em 2014 foi confirmada a ideia de que as pessoas........ as pessoas não tem essa necessidade de existir. o planeta seria bem mais bonitinho e aturável sem elas por favor entendam que é a verdade. e se isso não é algo óbvio para.... todas as pessoas.... é só mais um singelo motivo para vermos que o mundo estaria melhor sem elas. talvez ainda houvesse água para os animais restantes.
2015 é mais ou menos a confirmação DA CONFIRMAÇÃO porque as pessoas parecem mais insuportáveis a cada dia/mes/segundo que passa. juro que não tô falando isso como a pessoa rabugenta que odeia tudo mas é esse o meu lado que me fez perceber que ninguém precisa de humanos mesmo.
cheguei o estado de: bufar. sempre que ouço/vejo algo indiscutivelmente humano sendo feito (o tempo todo) já não tenho mais forças pra expressar minha insatisfação com o universo e então começo a bufar. o que tem sido algo muitissimo recorrente, dado o fato de que a coleguinha de trabalho é bem lerda, mas realmente muito lerda e me ofende ter que fazer um serviço pelo qual ela foi designada (se vocês não sabem que eu sou uma pessoa horrível, acabaram de ler a confirmação) e o outro coleguinha usa mais diminutivo do que eu. entendam que ele é vendedor de carros e constantemente está fazendo ligações e falando "você tem interesse em comprar carrinhos?" "gostou do modelo? é só me informar a plaquinha pra gente poder fechar aqui." são seis horas de "temos carrinhos". seis. horas. carrinhos.
porém.
o bônus sempre recai em cima dos namoradinhos, né?
pois meu namoradinho tem os piores amigos do mundo e eu simplesmente gostaria muito que todos eles parassem de compartilhar alguns detalhes com meu namoradinho porque eventualmente ele me conta esses detalhes E MEU DEUS EU TENHO 18 ANOS E GOSTARIA QUE O ÚNICO TEENAGE DRAMA QUE EU CONHECESSE FOSSE O MEU já quase inexistente porque já tenho que arcar com a quase vida adulta QUE EU ESPERO NÃO TER MAIS TEENAGE DRAMA obrigada.
mas.
tem os amigos. ou as amigas.
vocês sabem que garotinhas de 13~16 anos ~convencionais~ são o pior tipo de ser vivo que existe. sim elas ganham das baratas VOADORAS e não existe nada pior do que barata voadora EXCETO as garotinhas.
(parte da culpa é minha e da minha curiosidade, assumo, só que pensem que legal você tá lá com o namoradinho fazendo um belissimo nada mas vocês são interrompidos porque tem uma retardada mandando mensagem do tipo: eu já sei o que houve meu deus não foi você que contou)
o problema de algumas garotinhas é que elas não ENTENDEM QUE AS PESSOAS PODEM TER MAIS O QUE FAZER ALÉM DE FICAR FALANDO DA VIDA DELAS E/OU SE PREOCUPANDO COM O QUE ELAS PASSAM/FALAM. coisas que implicam em: existir, comer, respirar ou GIVE 0 FUCKS TO THIS
então.
estou constantemente achando coisas mais interessantes pra fazer do que realmente ouvir os desgosto que os amigos do namorado tem a me dar, mesmo que nenhum desses desgostos me atinja diretamente. e o namorado considera isso como irritação. na verdade é a forma que eu tenho para não me irritar, reflitam.
se eu ouço superficialmente, meu cérebro não realmente registra e isso não martela na minha cabeça tipo: as pessoas realmente pessoam por aí.
apenas gostaria de interagir ainda ~menos~ com as pessoas, mas preciso descobrir uma forma de simplesmente não acharem que eu tenho ~problemas~ por preferir interagir com, sei lá, a parede, já que ninguém entende que o ~problema~ é o ~convívio~ com as ~pessoas~ em geral.
é engraçado passar tempo longe dessa coisa de falar sobre os dias pra ver se eles parecem mais aturáveis. porém não se tornam mais aturáveis um segundo.
acredito que quando fui concebida alguma coisa deu muito errado no universo pra eu ser essa pessoa cagadíssima que simplesmente não suporta uma única pessoa que ~existe~ perto de mim. eu ainda preciso conhecer alguém que não me irrite em aspecto nenhum, mas acho que seria mais fácil eu passar a seguir o falecido homem jesus.
pois bem.
em 2014 foi confirmada a ideia de que as pessoas........ as pessoas não tem essa necessidade de existir. o planeta seria bem mais bonitinho e aturável sem elas por favor entendam que é a verdade. e se isso não é algo óbvio para.... todas as pessoas.... é só mais um singelo motivo para vermos que o mundo estaria melhor sem elas. talvez ainda houvesse água para os animais restantes.
2015 é mais ou menos a confirmação DA CONFIRMAÇÃO porque as pessoas parecem mais insuportáveis a cada dia/mes/segundo que passa. juro que não tô falando isso como a pessoa rabugenta que odeia tudo mas é esse o meu lado que me fez perceber que ninguém precisa de humanos mesmo.
cheguei o estado de: bufar. sempre que ouço/vejo algo indiscutivelmente humano sendo feito (o tempo todo) já não tenho mais forças pra expressar minha insatisfação com o universo e então começo a bufar. o que tem sido algo muitissimo recorrente, dado o fato de que a coleguinha de trabalho é bem lerda, mas realmente muito lerda e me ofende ter que fazer um serviço pelo qual ela foi designada (se vocês não sabem que eu sou uma pessoa horrível, acabaram de ler a confirmação) e o outro coleguinha usa mais diminutivo do que eu. entendam que ele é vendedor de carros e constantemente está fazendo ligações e falando "você tem interesse em comprar carrinhos?" "gostou do modelo? é só me informar a plaquinha pra gente poder fechar aqui." são seis horas de "temos carrinhos". seis. horas. carrinhos.
porém.
o bônus sempre recai em cima dos namoradinhos, né?
pois meu namoradinho tem os piores amigos do mundo e eu simplesmente gostaria muito que todos eles parassem de compartilhar alguns detalhes com meu namoradinho porque eventualmente ele me conta esses detalhes E MEU DEUS EU TENHO 18 ANOS E GOSTARIA QUE O ÚNICO TEENAGE DRAMA QUE EU CONHECESSE FOSSE O MEU já quase inexistente porque já tenho que arcar com a quase vida adulta QUE EU ESPERO NÃO TER MAIS TEENAGE DRAMA obrigada.
mas.
tem os amigos. ou as amigas.
vocês sabem que garotinhas de 13~16 anos ~convencionais~ são o pior tipo de ser vivo que existe. sim elas ganham das baratas VOADORAS e não existe nada pior do que barata voadora EXCETO as garotinhas.
(parte da culpa é minha e da minha curiosidade, assumo, só que pensem que legal você tá lá com o namoradinho fazendo um belissimo nada mas vocês são interrompidos porque tem uma retardada mandando mensagem do tipo: eu já sei o que houve meu deus não foi você que contou)
o problema de algumas garotinhas é que elas não ENTENDEM QUE AS PESSOAS PODEM TER MAIS O QUE FAZER ALÉM DE FICAR FALANDO DA VIDA DELAS E/OU SE PREOCUPANDO COM O QUE ELAS PASSAM/FALAM. coisas que implicam em: existir, comer, respirar ou GIVE 0 FUCKS TO THIS
então.
estou constantemente achando coisas mais interessantes pra fazer do que realmente ouvir os desgosto que os amigos do namorado tem a me dar, mesmo que nenhum desses desgostos me atinja diretamente. e o namorado considera isso como irritação. na verdade é a forma que eu tenho para não me irritar, reflitam.
se eu ouço superficialmente, meu cérebro não realmente registra e isso não martela na minha cabeça tipo: as pessoas realmente pessoam por aí.
apenas gostaria de interagir ainda ~menos~ com as pessoas, mas preciso descobrir uma forma de simplesmente não acharem que eu tenho ~problemas~ por preferir interagir com, sei lá, a parede, já que ninguém entende que o ~problema~ é o ~convívio~ com as ~pessoas~ em geral.
24 de dezembro de 2013
7.
"we accept the love we think we deserve"
sendo injusta ou não.
estando errada ou não.
perdendo as melhores pessoas ou não.
eu não mereço esse tipo.
eu não sou esse tipo.
eu não quero mais nada disso.
sendo injusta ou não.
estando errada ou não.
perdendo as melhores pessoas ou não.
eu não mereço esse tipo.
eu não sou esse tipo.
eu não quero mais nada disso.
23 de dezembro de 2013
8.
the thing is that we need to change and move.
é o que eu vivo repetindo e repetindo. sei que acaba sendo apenas a mesma coisa de nunca se mover ou mudar, mas é bom manter o pensamento até que uma hora tudo simplesmente exploda e você finalmente... faça algo.
não entendo a comodidade das pessoas em sempre estarem no mesmo emprego, na mesma casa, com o mesmo parceiro e os mesmos amigos. não me diga que é sobre afeto e sentimento. não acredito mais que as pessoas se mantenham próximas à merda só porque estão apegadas à mesma.
quer dizer, existe todo um universo que eu não me dou ao trabalho de entender, mas existem algumas coisas dos universos das outras pessoas que vive colidindo com o meu que faz com que eu seja obrigada a me perguntar coisas estúpidas como: "é capaz de acontecerem coisas dessa forma comigo?". num looping infinito.
mas acontece que às vezes a gente fica um pouco com o pé atrás antes de simplesmente explodir com tudo.
assim, algum tipo de arrependimento, sabe? nada tão prejudicial, mas, às vezes, parece que a gente vai explodir no lugar errado com as razões erradas. mas pelo menos existe algum movimento no que se está fazendo.
fico, agora, me perguntando qual seria a razão de isso se dar logo no final do ano. é algo para, finalmente, terminar/começar o ano com qualquer coisa que seja sendo diferente?
de qualquer forma.
é o que eu vivo repetindo e repetindo. sei que acaba sendo apenas a mesma coisa de nunca se mover ou mudar, mas é bom manter o pensamento até que uma hora tudo simplesmente exploda e você finalmente... faça algo.
não entendo a comodidade das pessoas em sempre estarem no mesmo emprego, na mesma casa, com o mesmo parceiro e os mesmos amigos. não me diga que é sobre afeto e sentimento. não acredito mais que as pessoas se mantenham próximas à merda só porque estão apegadas à mesma.
quer dizer, existe todo um universo que eu não me dou ao trabalho de entender, mas existem algumas coisas dos universos das outras pessoas que vive colidindo com o meu que faz com que eu seja obrigada a me perguntar coisas estúpidas como: "é capaz de acontecerem coisas dessa forma comigo?". num looping infinito.
mas acontece que às vezes a gente fica um pouco com o pé atrás antes de simplesmente explodir com tudo.
assim, algum tipo de arrependimento, sabe? nada tão prejudicial, mas, às vezes, parece que a gente vai explodir no lugar errado com as razões erradas. mas pelo menos existe algum movimento no que se está fazendo.
fico, agora, me perguntando qual seria a razão de isso se dar logo no final do ano. é algo para, finalmente, terminar/começar o ano com qualquer coisa que seja sendo diferente?
de qualquer forma.
20 de dezembro de 2013
11.
se eu fosse resumir esse ano em uma única expressão, seria: mimimi.
eu não sei o que ocorre com as pessoas de acharem que a vida tem o simples e incrível papel de exclusivamente foder com elas.
eu não sei o que ocorre com as pessoas que acham que a vida delas tem que ser sempre baseada em mentiras que todas as pessoas já ouvem e sabem que devem desacreditar.
eu não sei o que ocorre com as pessoas que não sabem que são indivíduos-individuais e que não conseguem andar por aí sozinhos, com as próprias pernas.
eu não sei, realmente, o que anda acontecendo com as pessoas.
fico em um extremo descontentamento com as coisas. eu fico vendo como as pessoas do meu círculo social são problemáticas. aliás, não sei se o acumulo de problemas é algo normal - e necessário - e que a aberração, na verdade, sou eu. porquê simplesmente não me entra na cabeça toda essas necessidade de parecer incrível, e crescido, e querido, e atingido, e prejudicado e não entendo.
eu realmente andei desgostosa com as pessoas esse ano. não sei se eu fiquei - um pouco - mais crítica acerca dos requisitos que constituem uma boa pessoa - aos meus olhos, claro -, ou se foram as pessoas que decaíram mesmo. de qualquer forma, as duas opções são ruins. de qualquer forma eu vou simplesmente continuar nesse rodízio infinito de "pessoas que eu simplesmente suporto por não poder mandar se foder em voz alta". perdão.
agora estou desgostosa até comigo. por ter uns conhecidos bem babacas.
e por achar que as pessoas imbecis são melhores.
pelo menos não são os babacas de sempre.
sdds.
27 de outubro de 2013
need.
hard times to miss something.
sabe aquela hora em que você pisa no chão e acha que tudo aquilo um dia vai simplesmente desaparecer? como se a vida que leva agora não é nada além de uma sombra daquilo o que você pode ter um dia? mas quando é que chega esse dia?
você acaba levando tudo como um fardo pesado que nem mesmo te pertence mais e cada vez acumular mais coisas dos outros para levar contigo. não é justo, todos sabem, mas você não quer admitir. não é justo continuar vivendo dessa forma arrastada e carregada, mas as pessoas fingem não ligar e você finge aguentar.
são tempos difíceis para se lembrar de algo, para querer algo, para tentar algo. são tempos difíceis para acordar e olhar o dia lá fora. são tempos difíceis para dormir e viver aqui dentro. são tempos difíceis para se precisar, realmente, de algo.
são tempos difíceis.
você acaba levando tudo como um fardo pesado que nem mesmo te pertence mais e cada vez acumular mais coisas dos outros para levar contigo. não é justo, todos sabem, mas você não quer admitir. não é justo continuar vivendo dessa forma arrastada e carregada, mas as pessoas fingem não ligar e você finge aguentar.
são tempos difíceis para se lembrar de algo, para querer algo, para tentar algo. são tempos difíceis para acordar e olhar o dia lá fora. são tempos difíceis para dormir e viver aqui dentro. são tempos difíceis para se precisar, realmente, de algo.
são tempos difíceis.
16 de agosto de 2013
sobre os homens e as mulheres que concordam com esses homens.
há muito tempo que ouço falar da luta entre machismo e femismo, ou, até mesmo, feminismo.
conhecendo muito tem o machismo, passei a ver, somente, o lado feminista/femista da luta. e por aí vi muitos relatos fortíssimos de mulheres que sofrem esses abusos machistas todos os dias. depois de entender e separar o normal das causas do feminismo, das causas do femismo e da imposição do machismo, passei a perceber como as pessoas SÃO machistas sem perceber.
tem um garoto na minha sala que tem TODOS os motivos para não ser machista, mas o é. por motivos de ser exposto constantemente à parte podre da história do mundo, acredito que, apesar de seus problemas psicológicos já confirmados, ele prefere ver que a mulher é só um apetrecho e não um ser. é daqueles que quando algum fato histórico como "cinto de castidade" é comentado em sala de aula, dá razão para o homem "trancar" a vagina que nem mesmo é propriamente sua, e deixar o pênis medieval, sanguinário e repugnante solto. se tratando dos motivos para o qual ele, como todo bom filho, SERIA feminista, ao menos um pouco, sempre me lembro daquele fato em que dizem:
se um pai é alcoólatra, fumante, abusa dos dois filhos e bate na mãe, um dos filhos está destinado a crescer e repudiar o que o pai fazia (talvez, não sem feminista, mas vendo que crianças e mulheres merecem respeito E são seres humanos) e o outro está destinado a seguir os passos do pai.
o garoto da minha sala tem um irmão.
talvez ele (o garoto) seja o destinado a seguir os passos do pai.
porém, de uns tempos para cá, fui percebendo como, cada vez mais, esse garoto tenta se mostrar "macho alfa". como insensível. como uma pessoa impenetrável. daqueles que zoam com desgraças que acontecem... simplificando, é daqueles "zoeiros". ele ataca o feminismo como se fosse a coisa mais horrorosa do mundo, como se nada machista nunca tivesse acontecido com mulheres da família dele. assim, ele começou a falar por aí que "bate em mulheres". sei que é só um bordão para parecer "legal" no meio de pessoas que sempre estão reverenciando o machismo na história, com guerras, estupros de mulheres do povo que está em desvantagem.
eu fico pensando o que é que passa na cabeça desses garotos. para serem, assim, sempre tão vazios. como se tudo fosse curtição e piada, como se as coisas não tivessem valor, não tivessem sentido, como se nada valesse a pena. não que qualquer coisa valha, mas essas pessoas se fazem inúteis, acham que a vida é boa só por causa do pênis que possuem.
e o mais lastimável é que existem MUITAS mulheres que lambem, chupam, veneram esse tipo de pênis que está sempre sendo direcionado para as gargantas alheias, como desculpas para causas sem sentido, causas que, cada vez mais, desmerece a mulher como ser e mais a "admite" como objeto.
e isso é nojento.
é repugnante.
é errado.
é horrível.
espero que fique claro que eu não sou feminista. sou humana. sou um ser pensante. vejo que o mundo é totalmente desequilibrado. por uns poucos músculos definidos a mais o homem conseguiu subir nas costas da mulher, depois construiu um andar impenetrável, senão por outros homens, acima do andar da mulher e de lá não quer sair.
não vamos entrar em assuntos históricos, mas que a vida toda fomos todos instruídos ao machismo, é um fato mais do que bizarro.
as mulheres devem ser de porcelana nessa sociedade. não que eu concorde com isso de dar para todos os casas que conhece na balada, que beije todos os 20 que achou bonitos e essas coisas. isso não é coisa de GENTE de verdade, muito menos de MULHER. mas tudo bem se a menina quiser dar todos os buracos que existem no corpo dela. desde que isso não estimule os homens a achar que todas as mulheres querem até os buracos do nariz preenchidos com sêmen, tudo bem. desde que isso não estimule os homens a achar que os músculos um pouco mais definidos são sinônimo de motivo para forçar alguém a ter sêmen até nos buracos do nariz, tudo bem.
resumindo:
desde que os homens entendam que eles podem comer muitas e elas podem dar para muitos, na mesma medida, tudo bem. só não vale forçar aquela guria, que não tá querendo nem mesmo ver o seu pênis, a ter ele enterrado até os testículos na vagina dela.
muito menos se valer de força para conseguir ele peitão que sempre pula dos decotes, nem aquela bunda arredondadinha na calça legging da moça correndo na praça.
porém.
não adianta as mulheres simplesmente GRITAREM QUE QUEREM DIREITOS.
como se quebrar o machismo pouco a pouco?
bem, podem existir aqueles chefes durões que se você percebe que faz o aumento de um carinha mais alto do que o seu, e você, moça, faz o trabalho melhor que o carinha que tá ganhando mais.
vá lá reclamar.
se o chefe rir da sua cara, saia do trabalho.
se qualquer homem rir da sua cara, deixe ele rindo sozinho e vá pra lá e vá viver sua vida.
se qualquer homem tentar subir nas suas costas e depois na sua cabeça, dê um chute do saco, bata e cuspa na cara dele, saia correndo e passa a detectar esse tipo de gente antes mesmo de se aproximar.
não precisa vestir a camisa (justíssima - no sentido de justiça - por sinal) das vadias DE RESPEITO, vista a camisa de pessoa humana, fale, questione, agrida verbalmente quando preciso e fisicamente se ameaçarem você.
a mulher não é esse bicho impotente que os homens fizeram parecer. algumas não ligam para a depilação da virilha e nem mesmo nas pernas ou axilas. gostam de cabelo curto e não suportam brincos. gostam da cara o mais natural possível e se tiverem estrias e celulites, tudo bem. não se pilham com gordurinha na barriga, desde que isso não se acumule demais. tem mulher que se orgulha de roer as unhas e não tirar a cutículas. e gostam dos pênis que se descem por suas gargantas, elas escolheram a hora, o lugar e o pênis com que o ato está acontecendo. nem toda mulher que abole os vestidos é lésbica. nem toda mulher que quer um pouco mais de igualdade é lésbica, também.
e é triste, isso.
de em pleno século XXI, as mulheres pensarem em ter que queimar os sutiãs de novo. por um pouco mais de respeito. por um pouco menos de poder do pênis. penis is not the power, your assholes.
por um pouco menos de estupro e menos abuso. por um pouco mais de civilidade nessa civilização que mais parece ter voltado aos tempos medievais.
não por direitos. isso nós, mulheres, temos. por isso, nós brigamos na antiguidade. por isso, a gente pode mandar à merda qualquer idiota que se acha, ainda, super herói.
a gente só quer respeito.
o garoto do começo do texto deveria querer, pela mãe dele.
eu quero por ser mulher e ter medo de sair à noite quente de short e regata. por ter medo, às vezes, de ir na padaria da esquina, porque tem um louco solto pelas redondezas sequestrando mulheres.
por ter medo de sair da casa dos meus pais e ver que existem só leões lá fora e nenhuma leoa da qual eu possa me refugiar.
conhecendo muito tem o machismo, passei a ver, somente, o lado feminista/femista da luta. e por aí vi muitos relatos fortíssimos de mulheres que sofrem esses abusos machistas todos os dias. depois de entender e separar o normal das causas do feminismo, das causas do femismo e da imposição do machismo, passei a perceber como as pessoas SÃO machistas sem perceber.
tem um garoto na minha sala que tem TODOS os motivos para não ser machista, mas o é. por motivos de ser exposto constantemente à parte podre da história do mundo, acredito que, apesar de seus problemas psicológicos já confirmados, ele prefere ver que a mulher é só um apetrecho e não um ser. é daqueles que quando algum fato histórico como "cinto de castidade" é comentado em sala de aula, dá razão para o homem "trancar" a vagina que nem mesmo é propriamente sua, e deixar o pênis medieval, sanguinário e repugnante solto. se tratando dos motivos para o qual ele, como todo bom filho, SERIA feminista, ao menos um pouco, sempre me lembro daquele fato em que dizem:
se um pai é alcoólatra, fumante, abusa dos dois filhos e bate na mãe, um dos filhos está destinado a crescer e repudiar o que o pai fazia (talvez, não sem feminista, mas vendo que crianças e mulheres merecem respeito E são seres humanos) e o outro está destinado a seguir os passos do pai.
o garoto da minha sala tem um irmão.
talvez ele (o garoto) seja o destinado a seguir os passos do pai.
porém, de uns tempos para cá, fui percebendo como, cada vez mais, esse garoto tenta se mostrar "macho alfa". como insensível. como uma pessoa impenetrável. daqueles que zoam com desgraças que acontecem... simplificando, é daqueles "zoeiros". ele ataca o feminismo como se fosse a coisa mais horrorosa do mundo, como se nada machista nunca tivesse acontecido com mulheres da família dele. assim, ele começou a falar por aí que "bate em mulheres". sei que é só um bordão para parecer "legal" no meio de pessoas que sempre estão reverenciando o machismo na história, com guerras, estupros de mulheres do povo que está em desvantagem.
eu fico pensando o que é que passa na cabeça desses garotos. para serem, assim, sempre tão vazios. como se tudo fosse curtição e piada, como se as coisas não tivessem valor, não tivessem sentido, como se nada valesse a pena. não que qualquer coisa valha, mas essas pessoas se fazem inúteis, acham que a vida é boa só por causa do pênis que possuem.
e o mais lastimável é que existem MUITAS mulheres que lambem, chupam, veneram esse tipo de pênis que está sempre sendo direcionado para as gargantas alheias, como desculpas para causas sem sentido, causas que, cada vez mais, desmerece a mulher como ser e mais a "admite" como objeto.
e isso é nojento.
é repugnante.
é errado.
é horrível.
espero que fique claro que eu não sou feminista. sou humana. sou um ser pensante. vejo que o mundo é totalmente desequilibrado. por uns poucos músculos definidos a mais o homem conseguiu subir nas costas da mulher, depois construiu um andar impenetrável, senão por outros homens, acima do andar da mulher e de lá não quer sair.
não vamos entrar em assuntos históricos, mas que a vida toda fomos todos instruídos ao machismo, é um fato mais do que bizarro.
as mulheres devem ser de porcelana nessa sociedade. não que eu concorde com isso de dar para todos os casas que conhece na balada, que beije todos os 20 que achou bonitos e essas coisas. isso não é coisa de GENTE de verdade, muito menos de MULHER. mas tudo bem se a menina quiser dar todos os buracos que existem no corpo dela. desde que isso não estimule os homens a achar que todas as mulheres querem até os buracos do nariz preenchidos com sêmen, tudo bem. desde que isso não estimule os homens a achar que os músculos um pouco mais definidos são sinônimo de motivo para forçar alguém a ter sêmen até nos buracos do nariz, tudo bem.
resumindo:
desde que os homens entendam que eles podem comer muitas e elas podem dar para muitos, na mesma medida, tudo bem. só não vale forçar aquela guria, que não tá querendo nem mesmo ver o seu pênis, a ter ele enterrado até os testículos na vagina dela.
muito menos se valer de força para conseguir ele peitão que sempre pula dos decotes, nem aquela bunda arredondadinha na calça legging da moça correndo na praça.
porém.
não adianta as mulheres simplesmente GRITAREM QUE QUEREM DIREITOS.
como se quebrar o machismo pouco a pouco?
bem, podem existir aqueles chefes durões que se você percebe que faz o aumento de um carinha mais alto do que o seu, e você, moça, faz o trabalho melhor que o carinha que tá ganhando mais.
vá lá reclamar.
se o chefe rir da sua cara, saia do trabalho.
se qualquer homem rir da sua cara, deixe ele rindo sozinho e vá pra lá e vá viver sua vida.
se qualquer homem tentar subir nas suas costas e depois na sua cabeça, dê um chute do saco, bata e cuspa na cara dele, saia correndo e passa a detectar esse tipo de gente antes mesmo de se aproximar.
não precisa vestir a camisa (justíssima - no sentido de justiça - por sinal) das vadias DE RESPEITO, vista a camisa de pessoa humana, fale, questione, agrida verbalmente quando preciso e fisicamente se ameaçarem você.
a mulher não é esse bicho impotente que os homens fizeram parecer. algumas não ligam para a depilação da virilha e nem mesmo nas pernas ou axilas. gostam de cabelo curto e não suportam brincos. gostam da cara o mais natural possível e se tiverem estrias e celulites, tudo bem. não se pilham com gordurinha na barriga, desde que isso não se acumule demais. tem mulher que se orgulha de roer as unhas e não tirar a cutículas. e gostam dos pênis que se descem por suas gargantas, elas escolheram a hora, o lugar e o pênis com que o ato está acontecendo. nem toda mulher que abole os vestidos é lésbica. nem toda mulher que quer um pouco mais de igualdade é lésbica, também.
e é triste, isso.
de em pleno século XXI, as mulheres pensarem em ter que queimar os sutiãs de novo. por um pouco mais de respeito. por um pouco menos de poder do pênis. penis is not the power, your assholes.
por um pouco menos de estupro e menos abuso. por um pouco mais de civilidade nessa civilização que mais parece ter voltado aos tempos medievais.
não por direitos. isso nós, mulheres, temos. por isso, nós brigamos na antiguidade. por isso, a gente pode mandar à merda qualquer idiota que se acha, ainda, super herói.
a gente só quer respeito.
o garoto do começo do texto deveria querer, pela mãe dele.
eu quero por ser mulher e ter medo de sair à noite quente de short e regata. por ter medo, às vezes, de ir na padaria da esquina, porque tem um louco solto pelas redondezas sequestrando mulheres.
por ter medo de sair da casa dos meus pais e ver que existem só leões lá fora e nenhuma leoa da qual eu possa me refugiar.
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