28 de janeiro de 2013

falta conversa.

Postado por V, às 15:33
eu ainda vivo aquela fase em que a mãe tenta fazer as amigas me indicarem possíveis interesses amorosos. só que a sou uma pessoa exigente pra tudo. pra amigos. pra música. pra línguas que quero aprender. pra vídeos, filmes, livros, roupas, maquiagens e tudo. então enquanto a maioria das pessoas pensam: "é bom ter alguém que seja bonito e que pague suas contas", eu penso: "é bom ter alguém pra conversar". por mais chata e irritável que eu seja, eu gosto de pessoas que sentam numa mesa e falam. e falam. e falam e ouvem. e que se deixem ser interrompidas e deem risadas discretas de coisas sérias, que só pra mim são sérias e me fazem pensar que wait, não é bem por aí.
e sabe que as pessoas quase não se importam com isso? é quase como se o rosto e o dinheiro fossem tudo. claro que conta, but, eu gosto mais de gente que fala, só isso. que fala de série, de filmes, de livros, de paisagens, de outros países, do próprio país, de outras pessoas, de si próprio, de animais. do céu. mas não céu como apenas teto ou redoma, mas o que ele é em si. não precisa ver tudo como eu, mas entender quando eu digo que aquilo não é só aquilo e que saiba argumentar quando discorda comigo, mas sem discutir. não gosto de gente que discute.
mas não sei se sou eu que falo e penso demais, ou se são as pessoas que veem tudo à uma meia-luz-quase-breu-total. não que eu veja A luz, mas vejo um tiquinho mais... gosto de pensar assim.
e sempre tem aquela conversa de: "sabe quem seria bom pra ela?", olha, eu sei. e tenho certeza que não é ninguém que vocês conheçam. nem sei se existe, porém. e isso me deixa meio frustrada (de novo), porque eu não me adéquo (de novo). e eu percebo isso quando percebo que gosto de música islandesa e e economizo dinheiro pra comprar coleções de livros. não tive festa de 15 ou 16 anos por opção, pra ganhar um notebook e uma coleção de livros e prefiro whisky. gosto mais de ficar na cama do que ir em balada. prefiro bar com mesinha de madeira, quente e apertado, com música ao vivo, mpb de preferência e gente que conversa, do que o eletrônico e o sertanejo das grandes balada e matinês. não que eu seja a única, mas não conheço gente que me acompanhe nesse ritmo. me sinto inadequada, sempre. mas não abro mão disso tudo só pra "me divertir com os outros". tô bem me divertindo sozinha.

1 comentários:

Aguiar João on 29 de janeiro de 2013 às 20:10 disse...

(seria legal se comentassem, mas...)

Postar um comentário

 

paranoia comum. Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Vinte e poucos