29 de janeiro de 2013

pronto, cresci.

Postado por V, às 15:27
acho que se eu fosse uma dessas pessoas que assiste novelas, eu veria somente as novelas "das seis".
acho que elas são sempre mais românticas ou, até mesmo, sãs. a maioria delas, que eu me lembre, são de época, algo que eu acho extremamente interessante, já que eu sou brasileira e nunca que quis aprender sobre a história do meu país... aliás, nunca aprendi. e eu não vejo novela, então são duas coisas impossíveis pra mim em uma só. não que novelas da globo ensinem história, mas é legal pensar em como as pessoas viviam naquele tempo.
e minha mãe assiste todas as novelas. até as reprises e mini-séries de começo de ano (outra coisa que e gostaria de assistir, mas o pré-conceito sobre a globo me impede), e faz tudo isso na cozinha. acho estranho o fato de que em casa haja uma televisão na cozinha, mas aquele é o único cômodo que, mesmo de madrugada, tem movimento. então é compreensível. então sempre que eu como ou bebo alguma coisa, passo por lá e ela está assistindo novela ou jornal sensacionalista. eu aboliria todos os canais abertos com programas de auditório e substituiria-os por canais como history channel. ou cartoon. já que não dá pra se viver de "alienígenas do passado".
porém esse não é o foco do post.
o foco é o pequeno diálogo que eu peguei na novela das seis enquanto pegava água. só o diálogo, não vi a cena. era algo assim:
"- o tempo passa rápido. num piscar de olhos você já terá crescido.
- pronto, cresci.
- nossa, você está tão grande agora"
é um diálogo simples, porém tem sua beleza. coisa de criança, mesmo. essa incessante vontade por crescer. não só ter tamanho, mas ter aparência e responsabilidade. gosto de imaginar de ainda existam crianças que queria o amanhã, e não só o quintal e a rua. acho que é dever, também, da infância, querer ser adulto, mas querendo não só as vantagens, mas sim tudo o que o "crescer" implica.
mas seria bom piscar também e voltar a ser criança. ter aproveitado um pouco mais o chão da sala e a terra do quintal. mas sem nunca esquecer de querer crescer.
me deixa triste viver em uma geração que se esquece de, além de, querer crescer, se esquecem de propriamente... crescer.

2 comentários:

Aguiar João on 29 de janeiro de 2013 às 20:14 disse...

(vou ficar comentado todos os que eu ler agora, sefodeu)

é, parece que antes você escrever você fala sobre o assunto comigo.
mas só parece.

V, on 30 de janeiro de 2013 às 14:29 disse...

(ai, tá)

excluindo o fato de que tudo o que eu penso em escrever, você pensa também, sem eu precisar falar. bjs.

Postar um comentário

 

paranoia comum. Copyright © 2012 Design by Antonia Sundrani Vinte e poucos