18 de fevereiro de 2013

nébulas terrestres e pessoas planetas.

Postado por V, às 15:10
hoje estou numa onda de metáforas, me permitam a palavra.

voltando pra casa eu vi uma nuvem. uma nuvem bem densa e grande. crescia de baixo pra cima, já que haviam prédios e construções tapando seu início. e aquilo me remeteu à conversa que certo dia tive com o melhor amigo sobre as nébulas (nebulae, nebulosas) e suas formas. e a gente têm que olhar tão longe no espaço pra ver uma nébula? não. temos nuvens. não tão coloridas e estáticas como as nebulosas propriamente ditas, mas ainda sim um tipo de nébula.
e nuvens são tão nébulas, que a gente fica procurando formas nelas. como a Cabela de Cavalo de uma nebulosa em Órion. como a Peixe-Boi em outra constelação. a Olho-de-Gato, ou até uma que meu irmão, mesmo, nomeou como "Pássaro", já que tem "olho e bico". pra mim parecia mais um dedo apontando uma direção, mas hoje vejo um pássaro.
e... é isso. a gente sempre tem que achar o mais distante, colorido, impossível, chamativo mais bonito. a gente tem milhares de mini coisinhas que só procuramos no espaço, aqui mesmo, na nossa camada atmosférica. eu nunca gostei dessa obsessão por procurar inteligencia fora do planeta, se nós pudéssemos trabalhar a inteligente do nosso próprio planeta. eu estou parando de ver só o universo como universo, e não ver meu próprio planeta, minha própria casa, meu próprio lugar como extraterrestre, alienígena e inteligente. certo que "inteligente" não é a palavra correta, mas, ESPERO EU que, estamos caminhando para mudar isso.
e isso se remete às pessoas em si.
se o planeta fosse um universo, as nuvens seriam nébulas, as estrelas seriam... bem, estrelas, planetas, meteoros e meteoritos, como são. minto. seriam, realmente, apenas pontinhos brilhantes num manto escuro. a lua seria Júpiter e o sol seria uma hipergigante branca.  as pessoas seriam planetas. algumas anões. algumas em formação. algumas em colisão. outras seriam meteoros e asteroides de altíssimo risco. colidiriam. explodiriam. causariam catástrofes. reações químicas e físicas por todos os lados. devastações.
e como já disse Hazel Grace com seu conjunto de infinito: às vezes eu me sinto frustrada com meu pequeno conjunto de sistemas solares.
alguns são maiores e mais densos que os outros. outros mais conturbados. alguns passam despercebidos, mas parece que só o meu, apenas o meu, só esse pequeno pedaço de universo se encontra em constante explosão e movimentação. e eu não sou gravitacional o suficiente para que isso se ajeite.
e todo o mundo é meu universo. meu universo real e provável. eu ainda assim quero estudar o irreal e improvável, mas para isso eu tenho que lidar com meu provável.
talvez a solução seja expulsar alguns planetas querendo ser maiores que outros. mudar a direção de asteroides e meteoros. talvez eu devesse proteger melhor esse meu íntimo sistema solar.
agravante? sim. mas ninguém nunca me disse que o melhor é agradável.

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