20 de março de 2015

ok

Postado por V, às 21:42 0 comentários
eu passei, mais ou menos, o último mês tomando coragem pra inutilizar na frente do computador tempo o suficiente sem abrir o netflix e escrever algo aqui, mas as coisas simplesmente pareceram... se acalmar.
me acostumo rápido com rotinas, ainda mais quando implica em rotinas das quais eu posso facilmente me desacostumar, ou que não exatamente são rotinas, mas enfim.
voltei a ter que interagir com seres da mesma faixa etária que a minha (entre 16~19 anos, não que eu tenha 16 e/ou 19 anos, é só 18 mesmo, porém vocês devem ter entendido) e isso implica em que odiar 97% dessas pessoas, simpatizar com uma e achar bem incrível o fato de outra uma pessoa ser mais reclusa do que eu, mesmo estando em grupo.
pois bem, estou me acostumando com a ideia de "curso", "aula", "profissionalizante", todos os termos de 2012, exatamente. acima de tudo, estou me acostumando com a ideia de pessoas inconvenientes. como se já ser uma pessoa não fosse inconveniente o bastante, algumas se especializam nisso.
daí.
sentei para ter minha aulinha, ok.
várias outras pessoas não foram ter a aulinha, invejei. (odeio meu senso de compromisso)
uma pessoa senta do meu lado, ok.
estava bem decidida a passar todo o tempo lendo um livrinho, bem no estilo "eu prefiro que vocês respeitem a minha reclusão", mas não pude. pode dar problema no trabalho e etc. aulinha.
em determinado momento em que 99% das pessoas mexiam em seus respectivos celulares, comecei a jogar crossy road (se você não se sentiu atraído pelo ícone daquela galinha EU NÃO SEI QUE TIPO DE PESSOA VOCÊ É mas mantenha distância) e o ser (O ser) do meu lado começou a dissertar sobre como aquele jogo é viciante e eu sempre digo que joguei horas da minha vida fora por causa dele (realidades).
- que banda é essa do seu fundo?
- foo fighters.
- ahhhh, você foi no show no começo do ano?
- sim, foi foda.
- uau. você é dos festivais, também?
- tenho preguiça de festival, mas comprei ingresso pro lolla.
e nesse momento eu percebi que, olha, ainda há esperança nessa vida, viu amigos? talvez ela sente-se ao seu lado.
nas proximas horas de aulinha ficamos conversando, basicamente, sobre como eu conheço mil bandas que todos conhecem + mil e cem bandas que ninguém conhece.
eis que:
- você tem gatos?
- não, por que?
- você tem cara de quem tem gatos.
SIM
só agora, antes de começar a escrever esse post, eu percebi o nível de "essa fala é minha" foi esse momento.
o cara simplesmente vira e me diz que eu tenho cara de pessoa que tem gatos. no plural. muitos gatos.
no mínimo minha roupa estava com muitos pelos, ou eu tenho mesmo cara de tia dos 47 gatos COM APENAS 18 ANOS, reflitamos.
ah, é a mesma pessoa que, um dia, chegou pra mim dizendo que achou the perks of being a wallflower (livro) chato por só mostrar a visão do charlie sobre as coisas. e então eu defendia que era porque o livro falava sobre ele, realmente. e a visão dele sobre as coisas era meio ruim pelo o que tinha acontecido com ele antes. e o ser humano simplesmente começou a analisar que foi tudo culpa da tia.
não que eu ache isso uma coisa extraordinária, mas ele podia ter parado quando eu estava falando sobre the fault in our stars. acho extraordinário mesmo um macho ter parado qualquer coisa o que fazia para LER the perks of being a wallflower e, depois analisar o que tinha lido, a ponto de CONCLUIR que foi tudo culpa da tia, com disposição o suficiente para começar um minidebate sobre a estrutura de narração do livro. eu mesma levei algum tempo pra entender & concluir isso & sair por aí defendendo meu ponto de vista para com o livro. eu só não o acho chato, em si.
no mesmo dia alguém me disse algo sobre o ator que faz o Patrick, mas não me recordo bem se foi a mocinha que expôs o livro, ou esse mesmo moço. espero que tenha sido a mocinha.

vejamos, então, que meu timing esteve adiantado por uns 3 anos. podia ter esperado, não é? não que eu esteja arrependida ou reclamando, mas, né. às vezes a gente fica pensando: podia ser diferente porque essa pessoa, simplesmente, parece entender alguma coisa.
mas eu sou mesmo uma pessoa muito cagada, confinada a passar dias com pessoas que não entendem, ou entendem mas preferem fingir que não, porque, né, bem mais fácil ficar nisso de repetir todas as coisas ruins até que eu realmente me irrito e outras coisas ruins acontecem.

14 de fevereiro de 2015

as pessoas.

Postado por V, às 19:50 0 comentários
são tantas coisas que eu nem sei como começar.
é engraçado passar tempo longe dessa coisa de falar sobre os dias pra ver se eles parecem mais aturáveis. porém não se tornam mais aturáveis um segundo.
acredito que quando fui concebida alguma coisa deu muito errado no universo pra eu ser essa pessoa cagadíssima que simplesmente não suporta uma única pessoa que ~existe~ perto de mim. eu ainda preciso conhecer alguém que não me irrite em aspecto nenhum, mas acho que seria mais fácil eu passar a seguir o falecido homem jesus.
pois bem.
em 2014 foi confirmada a ideia de que as pessoas........ as pessoas não tem essa necessidade de existir. o planeta seria bem mais bonitinho e aturável sem elas por favor entendam que é a verdade. e se isso não é algo óbvio para.... todas as pessoas.... é só mais um singelo motivo para vermos que o mundo estaria melhor sem elas. talvez ainda houvesse água para os animais restantes.
2015 é mais ou menos a confirmação DA CONFIRMAÇÃO porque as pessoas parecem mais insuportáveis a cada dia/mes/segundo que passa. juro que não tô falando isso como a pessoa rabugenta que odeia tudo mas é esse o meu lado que me fez perceber que ninguém precisa de humanos mesmo.
cheguei o estado de: bufar. sempre que ouço/vejo algo indiscutivelmente humano sendo feito (o tempo todo) já não tenho mais forças pra expressar minha insatisfação com o universo e então começo a bufar. o que tem sido algo muitissimo recorrente, dado o fato de que a coleguinha de trabalho é bem lerda, mas realmente muito lerda e me ofende ter que fazer um serviço pelo qual ela foi designada (se vocês não sabem que eu sou uma pessoa horrível, acabaram de ler a confirmação) e o outro coleguinha usa mais diminutivo do que eu. entendam que ele é vendedor de carros e constantemente está fazendo ligações e falando "você tem interesse em comprar carrinhos?" "gostou do modelo? é só me informar a plaquinha pra gente poder fechar aqui." são seis horas de "temos carrinhos". seis. horas. carrinhos.
porém.
o bônus sempre recai em cima dos namoradinhos, né?
pois meu namoradinho tem os piores amigos do mundo e eu simplesmente gostaria muito que todos eles parassem de compartilhar alguns detalhes com meu namoradinho porque eventualmente ele me conta esses detalhes E MEU DEUS EU TENHO 18 ANOS E GOSTARIA QUE O ÚNICO TEENAGE DRAMA QUE EU CONHECESSE FOSSE O MEU já quase inexistente porque já tenho que arcar com a quase vida adulta QUE EU ESPERO NÃO TER MAIS TEENAGE DRAMA obrigada.
mas.
tem os amigos. ou as amigas.
vocês sabem que garotinhas de 13~16 anos ~convencionais~ são o pior tipo de ser vivo que existe. sim elas ganham das baratas VOADORAS e não existe nada pior do que barata voadora EXCETO as garotinhas.
(parte da culpa é minha e da minha curiosidade, assumo, só que pensem que legal você tá lá com o namoradinho fazendo um belissimo nada mas vocês são interrompidos porque tem uma retardada mandando mensagem do tipo: eu já sei o que houve meu deus não foi você que contou)
o problema de algumas garotinhas é que elas não ENTENDEM QUE AS PESSOAS PODEM TER MAIS O QUE FAZER ALÉM DE FICAR FALANDO DA VIDA DELAS E/OU SE PREOCUPANDO COM O QUE ELAS PASSAM/FALAM. coisas que implicam em: existir, comer, respirar ou GIVE 0 FUCKS TO THIS
então.
estou constantemente achando coisas mais interessantes pra fazer do que realmente ouvir os desgosto que os amigos do namorado tem a me dar, mesmo que nenhum desses desgostos me atinja diretamente. e o namorado considera isso como irritação. na verdade é a forma que eu tenho para não me irritar, reflitam.
se eu ouço superficialmente, meu cérebro não realmente registra e isso não martela na minha cabeça tipo: as pessoas realmente pessoam por aí.
apenas gostaria de interagir ainda ~menos~ com as pessoas, mas preciso descobrir uma forma de simplesmente não acharem que eu tenho ~problemas~ por preferir interagir com, sei lá, a parede, já que ninguém entende que o ~problema~ é o ~convívio~ com as ~pessoas~ em geral.
 

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