ai, porque uma vez eu disse que abril tava se repetindo, só que é pior que isso.
assim.
as coisas tomaram uma proporção absurda de non sense. juro. tá num nível em que você realmente se pergunta como é que dá pra viver desse jeito. eu, que nem sou atingida diretamente, não sei. é difícil.
porque você começa a se perguntar os porquês dos outros. e quando você passa a tentar entender os outros, você vê que ninguém faz nenhum sentido. e agem como se fizessem.
outra vez, também, eu escrevi sobre os bubbles. as pessoas que vivem tranquilamente em suas bolhas protetoras. e acham ruim quando outras pessoas tentam, sei lá, entrar nelas também e trazer um pouco da vida lá fora, sabe? quando você tenta estar, conviver apenas, com uma pessoa que tem menos experiência em qualquer coisa que você. e a pessoa não deixa. a pessoa tem medo. a pessoa se incomoda com isso e tenta te afastar. mas você só quer ajudar, sabe? não mudar completamente as coisas, mas ajudar a viver uma coisa mais real. talvez a única, primeira, não sei, coisa real que a outra pessoa tenha na vida.
e o que me deixa com mais perguntas na cabeça é: a troco de quê!? A TROCO DE QUÊ, COSMOS? como consegue? como pode? eu... cara, eu não sei mais ser tão inocente e cega. eu entendo tanto as pessoas, ou acho que entendo. ainda mais essas que tentam se fazer de quem não são. se a casca é grossa, o conteúdo de dentro nunca vale a pena. afinal, casca grossa é tão mais transparente do que gente transparente.
ah. só sei que eu cansei, de verdade. cansei de pensar, cansei de querer, cansei de entender. cansei, só.
8 de agosto de 2012
7 de agosto de 2012
ia fazer um texto lírico sobre meu assunto da pesquisa de biologia, mas não.
como tá frio e eu preciso ir deitar, acho melhor deixar apenas uma observação do dicionário do inglês-português do meu celular:
"sleep[sli:p]
(pt, pp, slep)
N sono
VI dormir
(...)
to sleep with sb (euphemism) dormir com alguém."
por que sempre rola um eufemismo nessas horas, né? apenas digo isso.
melhor era a definição debaixo, mas preciso ficar com um pequeno eufemismo na cabeça. já está de bom tamanho e me fará pensar nas ironias da vida.
"sleep[sli:p]
(pt, pp, slep)
N sono
VI dormir
(...)
to sleep with sb (euphemism) dormir com alguém."
por que sempre rola um eufemismo nessas horas, né? apenas digo isso.
melhor era a definição debaixo, mas preciso ficar com um pequeno eufemismo na cabeça. já está de bom tamanho e me fará pensar nas ironias da vida.
6 de agosto de 2012
segunda-feira.
e não é sobre o Discrepância.
nem sobre o Esteban, mas é a única coisa coerente que eu consigo pensar para um título.
ok, tive meu primeiro dia de aula - de novo - e é estranho que as coisas pareçam tão inadequadas. afinal, oi? como assim? e depois que eu estou de um jeito tão lerdo de viver, que acho que deveria dar dó. sei lá, só não consigo ser coerente com a vida. não entro num acordo de pensar, fazer, agradecer e viver. por enquanto somente penso e existo. é uma coisa triste, mas é real.
então, voltamos aos tempo de aulas morais. por que eu não tenho matéria de português, só de moral. é mais ou menos a mulher falando meia hora ininterrupta sobre qualquer coisa. e nesse vai e vêm, ela explicou porque raios a gente usa tanto mim e deixa o eu de lado. mais ou menos isso:
"a gente usa mais o mim do que o eu por puro egoísmo. é tudo meu, pra mim, pra mim, mim. tudo isso é egoísmo e por isso a gente deixa o eu de lado."
nessa hora eu meio que acordei e pensei: não é que a mulher tem razão?
por que pensa. o eu é algo mais coletivo. tipo eu e você, ele e eu. quando falam em "nós" (ok trocadilho ridículo de Tumblr, vá para longe de mim e me deixe escrever em paz), pensamos em "eu e qualquer pessoa", ou no caso "você", se se fosse falado em primeira pessoa, seria "eu". OU SEJA. o "eu" é coletivo. o "mim" é egoísta. e a gente não sabe ser coletivo, então é egoísta demais. tudo pra mim, tudo meu. já que o "mim" nunca é idiota, o "mim" nunca deveria morrer, o "mim" nunca é xingado ou odiado. sempre que a gente se odeia, é tudo pra cima do coitado do "eu". tudo eu. quem nunca reclamou assim, não é? viva as reclamações da mamãe, amigos. mas a gente nunca reclama com "tudo pra mim!", "sempre falam pra mim fazer" (até nessas horas o pessoal viciado é conjugar errado, usa o "eu", já que o "mim" é digno. "eu" que se foda).
foi a coisa mais inteligente que eu já ouvi da boca dela, já que o resto eu sempre trato de esquecer.
e no meio desse devaneio de "mim" e "eu", eu cheguei no trecho de Dostoiévski, que é o seguinte: "do dizer ao fazer vai uma grande distância". putíssima define. afinal, poderia definir melhor? eu não sei posso definir o dia de hoje em raiva, ou em alívio, ou em progresso, ou em só mais uma segunda-feira. mas que diabos de dia arrastado. de dia sem sentido. de dia em que eu poderia pensar em outra coisa senão que as coisas que eu pensei antes vão todas serem... contraditas. meus planos e vontades vão se esvair tão mais rápido quanto eles apareceram. e falo isso porque me conheço. porque sei que uma hora ou outra vai acontecer das coisas simplesmente desfuncionarem... de novo.
espero que seja só mais uma loucura de paranoia minha, mas... nunca se sabe, amis.
e bem, é só mais uma segunda-feira, de tantas outras. mais uma segunda-feira em que eu vou acordar cedo, ver todo aquele monte de gente, voltar pra casa, fazer qualquer coisa pela vida e dormir pra acordar em uma outra terça-feira.
só rotina.
deixei um monte de bilhetes na sua casa. o acaso me deixou tão só. talvez eu ache algo mais forte que faça eu me sentir melhor.
tá, não é mesmo sobre o esteban, mas não posso evitar citar. é segunda-feira, na qual ele lançou a versão de iAdiós! de segunda-feira, sendo que eu já havia atribuído um significado para segundas-feiras no dia 26 de junho. inclusive para a música.
só eu sempre tendendo a fazer merda. mesmo que seja só na minha cabeça.
nem sobre o Esteban, mas é a única coisa coerente que eu consigo pensar para um título.
ok, tive meu primeiro dia de aula - de novo - e é estranho que as coisas pareçam tão inadequadas. afinal, oi? como assim? e depois que eu estou de um jeito tão lerdo de viver, que acho que deveria dar dó. sei lá, só não consigo ser coerente com a vida. não entro num acordo de pensar, fazer, agradecer e viver. por enquanto somente penso e existo. é uma coisa triste, mas é real.
então, voltamos aos tempo de aulas morais. por que eu não tenho matéria de português, só de moral. é mais ou menos a mulher falando meia hora ininterrupta sobre qualquer coisa. e nesse vai e vêm, ela explicou porque raios a gente usa tanto mim e deixa o eu de lado. mais ou menos isso:
"a gente usa mais o mim do que o eu por puro egoísmo. é tudo meu, pra mim, pra mim, mim. tudo isso é egoísmo e por isso a gente deixa o eu de lado."
nessa hora eu meio que acordei e pensei: não é que a mulher tem razão?
por que pensa. o eu é algo mais coletivo. tipo eu e você, ele e eu. quando falam em "nós" (ok trocadilho ridículo de Tumblr, vá para longe de mim e me deixe escrever em paz), pensamos em "eu e qualquer pessoa", ou no caso "você", se se fosse falado em primeira pessoa, seria "eu". OU SEJA. o "eu" é coletivo. o "mim" é egoísta. e a gente não sabe ser coletivo, então é egoísta demais. tudo pra mim, tudo meu. já que o "mim" nunca é idiota, o "mim" nunca deveria morrer, o "mim" nunca é xingado ou odiado. sempre que a gente se odeia, é tudo pra cima do coitado do "eu". tudo eu. quem nunca reclamou assim, não é? viva as reclamações da mamãe, amigos. mas a gente nunca reclama com "tudo pra mim!", "sempre falam pra mim fazer" (até nessas horas o pessoal viciado é conjugar errado, usa o "eu", já que o "mim" é digno. "eu" que se foda).
foi a coisa mais inteligente que eu já ouvi da boca dela, já que o resto eu sempre trato de esquecer.
e no meio desse devaneio de "mim" e "eu", eu cheguei no trecho de Dostoiévski, que é o seguinte: "do dizer ao fazer vai uma grande distância". putíssima define. afinal, poderia definir melhor? eu não sei posso definir o dia de hoje em raiva, ou em alívio, ou em progresso, ou em só mais uma segunda-feira. mas que diabos de dia arrastado. de dia sem sentido. de dia em que eu poderia pensar em outra coisa senão que as coisas que eu pensei antes vão todas serem... contraditas. meus planos e vontades vão se esvair tão mais rápido quanto eles apareceram. e falo isso porque me conheço. porque sei que uma hora ou outra vai acontecer das coisas simplesmente desfuncionarem... de novo.
espero que seja só mais uma loucura de paranoia minha, mas... nunca se sabe, amis.
e bem, é só mais uma segunda-feira, de tantas outras. mais uma segunda-feira em que eu vou acordar cedo, ver todo aquele monte de gente, voltar pra casa, fazer qualquer coisa pela vida e dormir pra acordar em uma outra terça-feira.
só rotina.
deixei um monte de bilhetes na sua casa. o acaso me deixou tão só. talvez eu ache algo mais forte que faça eu me sentir melhor.
tá, não é mesmo sobre o esteban, mas não posso evitar citar. é segunda-feira, na qual ele lançou a versão de iAdiós! de segunda-feira, sendo que eu já havia atribuído um significado para segundas-feiras no dia 26 de junho. inclusive para a música.
só eu sempre tendendo a fazer merda. mesmo que seja só na minha cabeça.
5 de agosto de 2012
05 (mas já? eu hein)
acabo de perceber que esqueci completamente do dia 03 desse mês. desenho junho eu venho lembrando desse dia por motivos idiotas, e sempre escrevia alguma coisa "significativa" pelo dia. tem bastante gente que já quase chorou com uma das versões, mas, sei lá. desapeguei.
e achei que ia poder nomear esse post de 03, mas logo percebi que já estamos no dia 5 de agosto.
quinto dia do oitavo mês do ano.
e eu ia começar toda uma narração sobre como eu só fiz merda esse ano, girando em torno de uma só coisa, mas é tão clichê fazer isso, e eu tô tão foda-se pra clichês, que prefiro falar de outra coisa e depois ir dormir. já que eu prefiro deixar de fazer qualquer coisa e ir dormir. a vida segue lindamente assim.
bem, bem. hoje chegamos ao final de dias gloriosos em que posso acordar absurdamente tarde. chegamos ao final dos dias em que trocar o café da manhã pelo almoço é total ok. chegou o final dos dias de leituras de madrugada. chegamos ao fim, apenas. e esse fim é bem mais metafórico do que só voltar às aulas. tantas coisas acabaram durante esse mês e uns dias que se passaram. tantas coisas foram postas no lugar, ou até mesmo mudaram de lugar. e isso nada tem a ver com o fato de que eu arrumei minha estante de uma forma que ela realmente parece SEMPRE organizada e o mesmo com a mesinha da TV. nada tem a ver o fato de que eu arrumei a maioria das coisas que vivem bagunçadas nesse mundo. nada tem a ver que eu voltei ao meu ritmo normal de leituras e nada tem a ver com o fato de eu ter ME organizado também. acho que não vai ser muita gente que vai gostar disso, MAS, é o que tem pro resto do ano.
então, é isso. meu ultimo dia de férias e eu vou "aproveitá-lo" assistindo we need to talk about kevin (de novo, pois é) e depois lendo dostoiévski. afinal, bem minha cara isso tudo.
e achei que ia poder nomear esse post de 03, mas logo percebi que já estamos no dia 5 de agosto.
quinto dia do oitavo mês do ano.
e eu ia começar toda uma narração sobre como eu só fiz merda esse ano, girando em torno de uma só coisa, mas é tão clichê fazer isso, e eu tô tão foda-se pra clichês, que prefiro falar de outra coisa e depois ir dormir. já que eu prefiro deixar de fazer qualquer coisa e ir dormir. a vida segue lindamente assim.
bem, bem. hoje chegamos ao final de dias gloriosos em que posso acordar absurdamente tarde. chegamos ao final dos dias em que trocar o café da manhã pelo almoço é total ok. chegou o final dos dias de leituras de madrugada. chegamos ao fim, apenas. e esse fim é bem mais metafórico do que só voltar às aulas. tantas coisas acabaram durante esse mês e uns dias que se passaram. tantas coisas foram postas no lugar, ou até mesmo mudaram de lugar. e isso nada tem a ver com o fato de que eu arrumei minha estante de uma forma que ela realmente parece SEMPRE organizada e o mesmo com a mesinha da TV. nada tem a ver o fato de que eu arrumei a maioria das coisas que vivem bagunçadas nesse mundo. nada tem a ver que eu voltei ao meu ritmo normal de leituras e nada tem a ver com o fato de eu ter ME organizado também. acho que não vai ser muita gente que vai gostar disso, MAS, é o que tem pro resto do ano.
então, é isso. meu ultimo dia de férias e eu vou "aproveitá-lo" assistindo we need to talk about kevin (de novo, pois é) e depois lendo dostoiévski. afinal, bem minha cara isso tudo.
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