eu sei, eu tô realmente sabendo que eu deveria pegar mais leve com todo o estresse, em aceitar essa condição de viver com outros seres humanos, já que não se pode viver sozinha com os cachorros sem gente te ligando, mandando mensagem, e-mail, sinal de fumaça, pombo correio ou, quem sabe, simplesmente, achando que você é maniaco-depressiva. aí as pessoas descobrem seu grau de desequilíbrio, não é?
não que eu queira todas essas coisas, não que eu queira mesmo viver sozinha com os cachorros. é uma ideia um tanto agradável, mas, mesmo assim, precisaria conviver com pessoas. não há maneira de conseguir paz nesse mundo. não. há.
e cada vez mais são motivos banais, eu sei. são motivos que nem são motivos, mas deixam minha cabeça a ponto de explodir. não aguento mais ouvir conversar, nem participar delas. não gosto mais de barulho, qualquer. que. seja. não me apetece ficar vivendo de manhã. não me apetece gente com cara de cu só porque estou afim da solidão hoje. não me apetece participar. apenas não.
então eu tento apenas ler e ouvir uma música, ou nem isso.
mas ler ficou chato, porque existem pessoas nos livros. e os filmes existem pessoas também. e as músicas tem barulhos de pessoas.
acho que estou desenvolvendo uma fobia de pessoas, já que estou sempre e apenas reclamando delas.
eu me esforço. eu tento não sentir nojinho ou vontade de só sumir. mandar ir pra puta que pariu e sumir. eu tento participar, eu tento ser pessoinha amigável normal. e isso me irrita. simplesmente.
e, juro, se alguém vier e me dizer: você não me parece bem/feliz.
eu viro feels like khatchadourian, com aquele olhar e jogo o querido e épico: have i ever?
não, minha gente. eu nunca estive.
21 de março de 2013
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