12 de dezembro de 2011

Paranoia Indicativa: Fantasmas, filhos de mestres do terror, rock stars cinquentões e Sul... Bastante Sul.

Postado por V, às 19:32
Não curto muito falar sobre livros, mas enfim, A Estrada da Noite é aquele tipo de livro que a gente olha e pensa "Ah, até que deve ser legal e tal. Mas prefiro ler qualquer outra coisa". É isso o que as pessoas devem pensar, mas levam em conta que é o filho do Stephen King. E mesmo quando eu li Fantasmas do Século XX, que só me atraiu um único conto, que foi o do telefone, quando eu achei o arquivo de A Estrada da Noite eu baixei e converti simplesmente pra ocupar a cabeça, já que era meus tempos de terminar um livro, nem absorver a história e já começar outro. Foram uns 40 livros nesse ritmo, e mesmo assim, alguns ainda me surpreendiam. Como aconteceu com esse livro.
Não é que o livro tenha alguma coisa super uau, mas foge bastante do conceito de assombrações que a gente anda vendo por aí.
Desde as primeiras páginas a gente já vem tendo um contato com o gosto meio doentio do rock star cinquentão Judas Coyne, o Jude da coisa toda.
Quando eu li o livro pela primeira vez, foi uma coisa meio seca, não prestei atenção direito, mas o máximo que eu consegui absorver como moral (isso mesmo, moral da história em livro de terror, só eu pra arrumar uma coisa dessas) , foi que às vezes as pessoas precisam passar por coisas REALMENTE tensas, pra se darem conta como é importante valorizar as pessoas que estão do nosso lado.
E dessa segunda vez (não, eu não resisti quando vi o livro por dez reais por aí na internet, e comprei, contando os dias pra ele chegar), eu já vou me apegando à todos os estados sulistas que o rock star cinquentão vai passando, Geórgia, Flórida, Louisiana... E é ridículo eu me sentir irritada com toda a minha situação sentimental por causa dos estados que o cara e a namorada vão visitando. Mesmo que seja a relação ele-é-quase-30-anos-mais-velho, e dane-se. Mas fazer o quê, a minha trilha sonora também não ajuda. Enfim.
Deixando as lições de moral de lado, as experiências e tal, o livro é ótimo. Daqueles livros que a gente acha que o dinheiro que a gente vai pagar foi caro, e o tempo que a gente "vai perder" é precioso e deveria ser gasto em outra coisa. Aí a gente lê os 10 primeiros capítulos e se pergunta por que diabos a gente paga 60 reais nesses best sellers de público adolescente que foi lançado à duas semanas (falou a velha que não lê Diários do Vampiro e Dezesseis Luas, né, mas enfim). Eu só não tinha comprado ele antes por que não tinha nem me interessado em comprar, mas agora eu me arrependo por não ter ele na estante há mais tempo.
Como ele não tem orelhas, o resumo da contra capa é enorme, mas faz as pessoas que têm dúvidas terem certeza se vão ler ou não.
E bem, a história como eu já falei, é do cinquentão Judas Coyne (antigo Justin Cowzynski), ex-vocalista do Martelo de Judas e sua vida já foi marcada pela morte várias vezes. Sua mãe foi a primeira, depois dois parceiros de banda, dando final à sua carreira, sem saber dessa, a ex-namorada e também o ex-sogro. Tudo gira em torno de um paletó que supostamente vêm com o fantasma do seu antigo dono, e sim, ele achou isso num leilão da internet (muito cuidado com as comprar virtuais, dica aí, haha) e por fim comprando o fantasma por mil dólares de uma tal Jéssica Price. O paletó chega em uma bela caixa preta em forma de coração, e logo que Geórgia, namorada de Jude, o tira da caixa, as coisas parecem ficarem realmente estranhas.
Jude passa a ver um velho sentado em uma cadeira no corredor, sempre com um chapéu nos joelhos, de cabeça baixa e com o paletó que ele comprara. Não simplesmente vê o fantasmas, mas sente que corre perigo em estar próximo dele. E o que ele não sabe é que o fantasma é o padrasto de Flórida (Anna McDermott), sua ex namorada e fã que cometeu suicídio após Jude mandá-la de volta para casa. Quando vivo, Craddock McDermott ganhava a vida hipnotizando pessoas, e nem sempre fazia as coisas como os seus clientes, e enteadas, viam. Agora estava "de volta" para assombrar e se vingar de Jude por ter dado mais motivos para Anna cometer suicídio.
A partir daí, Jude se vê obrigado a cair na estrada e procurar as raízes de todos os envolvidos com ele. O fantasma não fica preso somente à casa, mas vai junto na viagem de Jude, Geórgia e os cachorros.
Sem nenhuma solução (além da própria morte) aparente para se livrar do fantasma, Jude enfrenta todos os seus erros e acertos do passado novamente, procurando por alguma coisa que possa salvá-lo daquilo que todos os culpam, ou seja, de si mesmo.
Bônus da contra capa: "As verdadeiras motivações de vivos e mortos vão se revelando pouco a pouco em A Estrada da Noite ─ e nada é exatamente o que parece."

E a trilha sonora que eu indico:
Kings Of Leon - Back Down South ♪
Middle Class Rut - New Low ♫
Shrillex - First Of The Year (Equinox) ♪♫

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