Parece que foi há tanto tempo. Escrevo agora como se apenas soubesse de lembranças que eu mesma inventei, assim logo imagino que elas não tenham existido. São tão distantes e tão minhas, que somente em meus mais íntimos e longos sonhos eu poderia criar. E você quase sempre aparece neles. São raras as noites em que fecho meus olhos e não te vejo. Mas é assim que as coisas devem seguir. Separando-nos enquanto ainda pode, para que não haja tanta dor mais para frente.
"But we both look the other way / Pretend still believe when they say / And I guess that's why they call this love / Sadly unpredictable / And I guess that's why they call it love / Fade and fatal"
Estranho mesmo são os outros enxergando por nós. Assim, simplesmente assim, todos ainda dizem o que querem enxergar e nem sempre é o que realmente acontece. Acho que você nunca percebeu isso, já que não há quem observe por você, mas em minha todos continuam sussurrando como ainda há futuro. E ainda dizem que há amor. Amor? Não. Quem sabe. Talvez ainda haja, mas não meu por você, e nem de você por mim. Previsível, você acha? Talvez sim.
"...Is getting hard to stay / But even harder to let go / Tell me, now, darling / Is this how do we thought love was meants to go? "
E mesmo sabendo que o fim é preciso, é difícil deixar com que as coisas simplesmente passem. É sempre assim, não acha? Alguma hora a ferida tem que curar, e eu acho que para mim estão sobrando só algumas cascas que teimam em cicatrizar. Mas eu vou conseguir. Eu não preciso de mais uma incerteza. Não preciso de você. É assim mesmo que você imaginava que o amor é? Eu já o conhecia.
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