Amsterdam - Anberlin
Eu pensei que estávamos na mesma linha de pensamento, por que isso era o certo a se fazer. Esquecer o passado, dar apenas passos para frente. Não adianta tentar voltar atrás e consertar, por que nunca vai ser o mesmo, nunca vai ser bom igual. E por que ouvir o que os outros dizem, não é mesmo? É sempre melhor ouvir o que nós mesmo temos a dizer e temos a pensar. Se formos nos basear no que as pessoas dizem... Acho que nunca iremos sair do lugar.
Engraçado quando dizem: "você se acostumou com ele", sim, no começo. No final me acostumei a ficar sem ele. É assim que tudo tem que ser, não? E se eu sempre parar para olhar para trás, jamais vou mudar de posição. Sempre aqui, para sempre aqui. Como se o mundo, o tempo, a vida tivesse parado. E não é bem por aí. As coisas mudam, é o sentido natural da existência. Nascer, crescer, mudar, morrer. Fim.
Depois alguém diz: "você até admira aquele cara que parece com ele". Não, ele que parece aquele cara que eu já admirava e nem sabia. Não tem conexão. Eles nem se parecem, pra informação de alguma pessoas. Antes que continuem falando algo do gênero.
Ainda insistem: "você não esqueceu". Claro que esqueci, mas aí algum se lembrou de me lembrar disso tudo. Do passado, do gosto bom, das ligações e... de tudo. Como eu iria conseguir esquecer afinal? Mas eu tentei, juro que tentei.
E fiz errado, não é? Ah, eu ainda escrevo aqui sobre todos esses pensamentos banais. Eu deveria simplesmente apagar tudo, como se apaga uma linha torta ou uma palavra errada. Ninguém nem vai perceber, nem mesmo vai lembrar. Talvez só fique ali marcado na página, mas a gente escreve por cima. Ninguém nem vai perceber.
Ou talvez percebam.
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