Ele viu que ela o encarava, então deu um sorriso amigável e fez com que ela se sentisse confortavel para se aproximar.
Ela se perguntava o que deveria falar quando chegasse a mesa. Tinha medo de dizer alguma coisa errada e fazer com que ele se arrependesse.
Ela não esperava pelo o que aconteceu.
- Oi. - Disse ele sorrindo, com um cigarro nos lábios.
- Olá… Posso te fazer uma pergunta? - Disse ela insegura se deveria mesmo dizer isso, ou se meter em assuntos que não eram da sua conta.
Ele olhou para ela, um tanto confuso, mas assentiu, de modo que a deu coragem.
- Por que você fuma?
Ele a olhou confuso novamente. Pensou em como responderia, tragou de novo o cigarro e soltou a fumaça na direção dela, o que a fez assoprar a fumaça de volta pra ele. Por fim, ele sorriu.
- Você não entende, certo? Bem, você vê um cigarro, mas para mim… E para outros fumantes nesse lugar, pode ser outra coisa. Eu vou te fazer uma pergunta agora. O que mais te incomoda? - Ela não disse nada, simplesmente o olhava com um pouco de medo, até que ele prosseguiu: - Bem, o que mais me incomoda são meus problemas. O que mais deve te incomodar em um cigarro é a fumaça, ou talvez o cheiro. Eu odeio ambos. Então eu juntos tudo, transformo meus problemas em fumaça e cheiros desagradáveis. - Ele tragou novamente e soltou a fumaça para cima da garota de novo e continuou: - Eles vem de fora, vocês os coloca pra dentro de você, eles fazem mal para você e você os cospe para o mundo de novo…
- Então você não fuma cigarros, e sim seus problemas. É isso? - Disse ela timidamente.
Ele sorriu e apagou o cigarro. Cruzou os braços na mesa e a olhou nos olhos. Ela parece relaxar, mas ainda assim recusava-se a se sentar à mesa do estranho.
- É o jeito mais fácil que eu encontrei de acabar com eles. Eu vou me matando aos poucos, fazendo com que eles saiam de dentro de mim. Assim como todas as pessoas fazem para tirar os problemas deles da cabeça. Os meus param no pulmão e impregnam a vida de outras pessoas.
Ela sorriu para ele e finalmente puxou uma cadeira. Ela queria prolongar aquela conversa. Ela queria conhecer mais aquele estranho que usava bem as palavras. Ela queria descobrir um modo (mais saudável) de acabar com todos os problemas da sua vida.
- Agora sim, entendi.
Ele a olhava com certa curiosidade, certa ternura. Ele queria saber mais sobre ela, prolongar aquele momento. Talvez hoje ele achasse aquela inspiração que faltava há tanto tempo. Talvez, só talvez.
- Então, como você acaba com seus problemas?
Ela demorou responder. Mas por fim entregou:
- Eu não acabo com eles. Somente sobrevivo com isso.
Ela se perguntava o que deveria falar quando chegasse a mesa. Tinha medo de dizer alguma coisa errada e fazer com que ele se arrependesse.
Ela não esperava pelo o que aconteceu.
- Oi. - Disse ele sorrindo, com um cigarro nos lábios.
- Olá… Posso te fazer uma pergunta? - Disse ela insegura se deveria mesmo dizer isso, ou se meter em assuntos que não eram da sua conta.
Ele olhou para ela, um tanto confuso, mas assentiu, de modo que a deu coragem.
- Por que você fuma?
Ele a olhou confuso novamente. Pensou em como responderia, tragou de novo o cigarro e soltou a fumaça na direção dela, o que a fez assoprar a fumaça de volta pra ele. Por fim, ele sorriu.
- Você não entende, certo? Bem, você vê um cigarro, mas para mim… E para outros fumantes nesse lugar, pode ser outra coisa. Eu vou te fazer uma pergunta agora. O que mais te incomoda? - Ela não disse nada, simplesmente o olhava com um pouco de medo, até que ele prosseguiu: - Bem, o que mais me incomoda são meus problemas. O que mais deve te incomodar em um cigarro é a fumaça, ou talvez o cheiro. Eu odeio ambos. Então eu juntos tudo, transformo meus problemas em fumaça e cheiros desagradáveis. - Ele tragou novamente e soltou a fumaça para cima da garota de novo e continuou: - Eles vem de fora, vocês os coloca pra dentro de você, eles fazem mal para você e você os cospe para o mundo de novo…
- Então você não fuma cigarros, e sim seus problemas. É isso? - Disse ela timidamente.
Ele sorriu e apagou o cigarro. Cruzou os braços na mesa e a olhou nos olhos. Ela parece relaxar, mas ainda assim recusava-se a se sentar à mesa do estranho.
- É o jeito mais fácil que eu encontrei de acabar com eles. Eu vou me matando aos poucos, fazendo com que eles saiam de dentro de mim. Assim como todas as pessoas fazem para tirar os problemas deles da cabeça. Os meus param no pulmão e impregnam a vida de outras pessoas.
Ela sorriu para ele e finalmente puxou uma cadeira. Ela queria prolongar aquela conversa. Ela queria conhecer mais aquele estranho que usava bem as palavras. Ela queria descobrir um modo (mais saudável) de acabar com todos os problemas da sua vida.
- Agora sim, entendi.
Ele a olhava com certa curiosidade, certa ternura. Ele queria saber mais sobre ela, prolongar aquele momento. Talvez hoje ele achasse aquela inspiração que faltava há tanto tempo. Talvez, só talvez.
- Então, como você acaba com seus problemas?
Ela demorou responder. Mas por fim entregou:
- Eu não acabo com eles. Somente sobrevivo com isso.
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